O movimento Outubro Rosa é comemorado atualmente
em todo o mundo, e tem como símbolo a cor rosa, relacionada à cor mundial do
laço que simboliza a luta contra o câncer de mama e visa a participação de
empresas, entidades e a população, de uma forma geral.
O movimento surgiu nos Estados Unidos onde, com
a aprovação do Congresso, o mês de outubro tornou-se o mês nacional da prevenção
ao câncer de mama.
A partir de 1997, algumas entidades nos Estados
Unidos, iniciaram o movimento para comemorar e difundir ações de prevenção do
câncer de mama – o Outubro Rosa.
Como parte dessa iniciativa, algumas cidades
passaram a enfeitar monumentos e locais públicos com o laço e a cor rosa.
Posteriormente surgiram outras iniciativas, tais como corridas, desfiles de
moda, etc.
O Brasil aderiu a essa iniciativa em 01 de
outubro de 2014, através da OPAS/OMS.
Fatores de Risco
O câncer de mama não tem uma causa única.
Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a
doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores
comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários.
Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50
anos de idade, têm maior risco de desenvolver câncer de mama. O acúmulo de
exposições ao longo da vida e as próprias alterações biológicas com o
envelhecimento aumentam, de modo geral, esse risco.
Os fatores endócrinos/história reprodutiva estão
relacionados principalmente ao estímulo estrogênico, seja endógeno ou exógeno,
com aumento do risco quanto maior for a exposição. Esses fatores incluem:
história de menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos),
menopausa tardia (após os 55 anos), primeira gravidez após os 30 anos,
nuliparidade, uso de contraceptivos orais (estrogênio-progesterona) e terapia
de reposição hormonal pós-menopausa (estrogênio-progesterona).
Os fatores comportamentais/ambientais bem
estabelecidos incluem a ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade na
pós-menopausa, e exposição à radiação ionizante. O tabagismo, fator estudado ao
longo dos anos com resultados contraditórios, é atualmente reconhecido pela
International Agency for Research on Cancer (IARC) como agente carcinogênico
com limitada evidência de aumento do
risco de câncer de mama em humanos.
O risco de câncer de mama devido à radiação
ionizante é proporcional à dose e à frequência. Doses altas ou moderadas de
radiação ionizante (como as que ocorrem nas mulheres expostas a tratamento de
radioterapia no tórax em idade jovem) ou mesmo doses baixas e frequentes (como
as que ocorrem em mulheres expostas a dezenas de exames de mamografia) aumentam
o risco de desenvolvimento do câncer de mama.
Os fatores genéticos/hereditários estão
relacionados à presença de mutações em determinados genes, especialmente BRCA1
e BRCA2. Mulheres que possuem vários casos de câncer de mama e/ou pelo menos um
caso de câncer de ovário em parentes consanguíneos, sobretudo em idade jovem,
ou câncer de mama em homem também em parente consanguíneo, podem ter
predisposição genética e são consideradas de maior risco para a doença. O
câncer de mama de caráter hereditário corresponde, por sua vez, a apenas 5% a
10% do total de casos.
Para outras informações sobre câncer familial,
acesse:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/rede_nacional_cancer_manual.pdf
Fonte: Instituto Nacional de Câncer José Alencar
Gomes da Silva – INCA [Homepage]. Consultado em: 13/10/2014.
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Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Rastreamento (Série A: Normas
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[4] INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR
GOMES DA SILVA (Brasil). Encontro Internacional sobre Rastreamento do Câncer de
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http://www.aetmis.gouv.qc.ca/site/download.php?f=48202dfec055e10d2333f594c7d1b1b4
[9] INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR
GOMES DA SILVA (Brasil). Controle do Câncer de Mama: Documento do Consenso. Rio
de Janeiro, 2004.
Tel (11)4154-4021